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Mostrando postagens de 2015

Miojo

Será que alguma coisa boa nessa vida poderia acontecer rápido e sem muito esforço? Ou com muito esforço mas, rápido? Ok, ok.. Acredito que o exercício da paciência, de certa forma, nos prepara para recebermos o que tanto esperamos. Acredito que nem sempre estamos prontos para usufruir àquilo que tanto desejamos. E também tem aquela questão do valorizar, né? O processo todo de suor e castigo dão um aroma adocicado de mel não artificial à conquista. Mas, é complicado esse processo de esperar, regar, reconstruir. Há de ter muita paciência e fôlego, porque, cansa, desgasta. Dá vontade de desistir e fazer um miojo, fritar um pastel. Ô tempo que não passa, hora que não chega... Todo dia, religiosamente, "tamo" lá, né? Regando a florzinha. Aliás, que flor? É semente ainda.. Vixe! Que canseira. E o pior é que miojo não substitui macarronada, e o jeito é esperar mesmo, cortar os tomates... Antes disso, arar a terra, plantar os tomates, irrigar tudo lá, deixar livre de agrotóxi...

Por que ser tão previsível na vida?

Por que seguir essa "ordenança" das redes sociais e perder tempo elaborando frases pra status que tentam simular um humor só pros outros nos lerem? Ou porque ter que gritar nossos sentimentos e/ou valores dentro de um espaço que comporta pouquíssimos caracteres? Pra quê transformar o coração numa vitrine? Qual a real necessidade de ser tão previsível? Pra quê criar um termômetro próprio de humor? Pra quê dizer se estou feliz ou triste? Você fará algo por mim se eu escrever que estou mal? Vai entender uma metáfora, um poema melancólico que eu porventura exponha? Ou vai sentir inveja da minha letra de música mais alegre que colocar, pra demonstrar que estou radiante? Qual o motivo de tudo isso? Tem um sentido? Por que fazemos isso sem questionar? Quem foi que disse que a gente tinha que se acostumar? E na vida real? Como é que isso funciona? E esse negócio de inteligência emocional? E essa questão da exposição? Quem é que nos vê chorando ou sorrindo? E te...

Religações

Um braço torcido, uma deixa pra voltar, Um pedido de desculpas, textos, enormes declarações. Entendidos, religações. Novo abraço, novo bom dia, Novas ações. A aproximação, o retorno. A quentura... a mesma coisa de sempre, A volta a rotina, o mesmo cordão. Emendado? Talvez... Religado. <3

Rompimentos

Quebras, cisões, secções, rasgos, buracos, hiatos, arranhões. Distâncias, quilômetros, espaços, saudades, passado, lembranças, lágrimas. Mudanças, giros, transformações. Ausências, dores, silêncio, adaptação.
"Somos todos escritores. Só que uns escrevem, outros não." José Saramago

Porque me importar?

Eu sinceramente gostaria de não me importar tanto. Mas estou aqui sentida por algo em alguém que me é importante, E nem sei se esse algo que afeta é tão grande. Só sei que o que sinto é provável não ser sentido por outro a meu favor. Sinto demais, e por mim, quem sentes? Mas isso também não importa. O outro sentindo ou não, não ameniza meu incômodo e não muda quem eu sou. Eu sou o que sinto, Sinto porque sou Assim... Não tem como mudar, Tentei até fugir, Mas minha natureza é sentir. Não sei o que ganharei com isso, Só sei que não ganharei de quem espero. Também não me importo... Me importa é sentir  pra não explodir.

Felicidade é punhal?

A felicidade alheia pode te ferir? E se puder, e ferir, é porque és invejoso? Mas, e quando você quer que o alheio seja feliz mesmo? Então, por que ainda a euforia do próximo te mata? Talvez porque você queira exatamente o que o seu colega tem. Talvez porque você esteja muito mal, e ver os outros felizes só afirma o quanto você está triste. Talvez porque você espere um pouco de solidariedade do outro, controlando a explosão de alegria quando estiver ao seu lado. Talvez sejam todas as alternativas juntas. Talvez não. Talvez sim, faz o punhal sangrar. E como isso termina? Sendo feliz também? Sendo feliz também.

Escrita, teclados e Sonrisal

" Para escrever bem, primeiro você tem que escrever alguma coisa. E para escrever alguma coisa, você deve estar disposto a escrever mal porque, seja o dia que for, você não tem como saber se o que você vai produzir nesse dia será a prosa brilhante ou a luminosa poesia pela qual você anseia, ou um lixo total e completo. Se você não estiver disposto a se arriscar a escrever lixo, você não vai escrever nada. " — Rosanne Bane, escritora Por isso me arrisco, e risco.. Aperto as teclinhas já gastas do meu teclado ergonômico comprado em 2005, numa loja de pc's que nem existe mais...  Balanço meus dedos freneticamente.. Paro, observo. Ajeito o descanso do punho e volto a mexer meus dedinhos, que produzem um barulho chato, de pele batendo sobre plástico duro.  Aperto "enter"..  Começo outra vez.  Despejo a eferverscência do que "estou" pelas mãos, dedos e unhas.... Impossível fazê-lo de outra forma. Imagine falar que se sente como um copo d...