Mônica..
[...] Acabando de ler e cerrando seu livro, Mônica estica os braços espreguiçando-se; o livro era apenas distração aos pensamentos distantes que povoavam sua mente. Passara um dia mal, muito mal; tinha sido bombardeada por novos conceitos, novas idéias que iam de encontro às suas... estava confusa, triste. "Como se constrói um principio e do nada derrubam sua solidez? Porque um jovem precisa passar por essas dificuldades?" - perguntava.
Levantou-se, estava antes escorada num canto do sofá da sala, onde todos de sua casa se "entretiam" com a programação na TV. E Mônica longe, lendo algumas poucas frases e olhando profundo para o nada, tanto que nem se abalava com os altos risos de seus irmãos vidrados nos personagens de um programa que viam.
Levantou-se; .. foi ao banheiro, lavou o rosto, mirou-se no espelho...chorou. Sentia-se um nada, sentia-se errada. ... mas, por que?
Mônica sentia que tudo que planejara ou que pensava em planejar para si, se derretia e escorria entre seus dedos. Hoje, descobriu que tinha mudado; que não era mais a mesma menina quieta e 'discreta' que tantos apontavam. Percebeu que batia na mesma tecla há anos. Que buscava diferencial, mas nunca se diferenciava... nunca mudava como queria ou como deveria.
Enxutas as lágrimas, Mônica volta a escorar-se no sofá, só que agora tenta acompanhar na TV o programa débil que tanta contentava sua familia. Talvez assim, fazia adormecer o turbilhão em que sua cabeça se encontrava...
"Por hoje me desligo, quero um hiato de pensamentos intimidadores"
continua
*Crônica de quinta
Todas as quintas-feiras, histórias e estórias preenchem este espaço.
ainda vou ver nas grandes livrarias o livro de Carolina Barreto !
ResponderExcluirassim seja! .. rsrs
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