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Crônica de quinta

 Mônica - parte II



Manhã de sexta-feira; Mônica faz um grande esforço para levantar-se da cama. Tinha que ir à Faculdade.
Fazia psicologia, amava psiquiatria e psicanálise; mas a sexta não estava animada.
Durante a aula, ela observa seus colegas, os analisa; era o seu passatempo.

Ela classificava alguns de seus companheiros de classe como imbecis por priorizar padrões, considerados por ela como rebeldes, inconseqüentes, viciados e descompromissados.  Ou o famoso ‘popularismo’... Mônica odiava a idéia de ser popular, de ser comum, de fazer parte de grupinhos e nichos “cult” ou “paz e amor”.
Mas o problema, é que ela é jovem demais para se preocupar com tudo o que se preocupava.
Mônica tem 20 anos, e tem idéias revolucionarias; mas nem todas são cabíveis a uma jovem.
Na verdade, podem até ser cabíveis, mas há de se pensar. Entenda leitor o quero dizer: É de estrema importância que não se banalize o alternativo.
Repito; Mônica é jovem, é um ser “realmente racional”, diferente de alguns outros jovens, tem idéias criativas, odeia padrões, adora ler, gosta de ouvir, poupa-se no falar. Pensa no futuro, tem planejamentos; mas vive o agora, vive contida e, não vive feliz, pois acredita ser rara, e realmente a é, mas apesar da mente aberta, Mônica não possui uma mente expandida, assim como outros tantos jovens comuns.

“Todos estúpidos e inconseqüentes” – dizia ela.  


continua




*Crônica de quinta
Todas as quintas-feiras, histórias e estórias preenchem este espaço.


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